1. (Mackenzie-SP) Contribuíram
decisivamente para o surto industrial de meados do século XIX, conhecido como
“Era Mauá”:
a)
a sólida política industrial,
implantada pelo governo monárquico;
b)
a extinção do tráfico negreiro, que
liberou capitais, bem como a Tarifa Alves Branco e os lucros obtidos com o
café;
c)
o crescimento do mercado interno,
devido à bem sucedida política criada pelo sistema de parceria;
d)
o apoio da elite agrária, grande
incentivadora das atividades industriais;
e)
o desenvolvimento tecnológico, a
qualidade da mão-de-obra e a Tarifa Silva Ferraz.
2. (Cesgranrio) A expansão da agricultura
cafeeira no Oeste Paulista após 1880 introduziu uma série de mudanças na
economia e nas relações sociais da Região Sudeste, entre as quais se destaca:
a)
o reforço das relações escravistas
no interior das fazendas cafeicultoras, pois os escravos transferidos das
fazendas açucareiras do Nordeste eram a maioria absoluta da mão-de-obra nas
plantações do Oeste Paulista;
b)
o desenvolvimento de uma política
governamental de distribuição de pequenas propriedades às famílias imigrantes,
que plantavam café a baixos custos e o vendiam a menores preços no mercado
internacional;
c)
a coexistência de grandes
propriedades escravistas e monocultoras de café para exportação e pequenas
propriedades de famílias imigrantes, que produziam gêneros de subsistência para
os mercados urbanos;
d)
o desenvolvimento de uma política
governamental de subvenção à imigração, cujo objetivo era estimular o
investimento, por parte dos imigrantes, de capitais na construção de estradas
de ferro e nas indústrias nascentes;
e)
a substituição do trabalho escravo
pelo trabalho livre de imigrantes europeus no interior das fazendas cafeicultoras,
o que permitiu uma maior lucratividade do capital cafeeiro e seu investimento
em estradas de ferro, no comércio e em indústrias.
3. (UFBA) A cultura do café não apenas
solucionou a crise econômica dos meados do século XIX, como possibilitou o
seguinte ou os seguintes desdobramentos:
(1) Implantação e
desenvolvimento de um sistema ferroviário com vistas a minimizar os sérios problemas
de transporte.
(2) Introdução do
trabalho livre como forma de suprir a escassez de mão-de-obra decorrente da
extinção do tráfico de escravos.
(4) Dinamização
das atividades comerciais de importação e exportação, possibilitando o
desenvolvimento do sistema bancário.
(8) Ruptura da
sociedade patriarcal tradicionalista, ocasionando o declínio dos proprietários
de terra.
(16) Extinção do
modelo agrário-escravista-exportador, como resultado do surto industrial ocorrido
no período.
(32) Aparecimento
e desenvolvimento de núcleos urbanos como resultado da complexidade crescente
dos empreendimentos comerciais.
Dê como resposta a soma dos itens corretos.
( __ )
4. (Cesgranrio) "Na segunda metade do
século XIX e particularmente os últimos anos do Império, é inegável que o setor
urbano da economia tenha começado a atingir um desenvolvimento e uma importância
capazes de diferenciá-la significativamente do setor rural (...). O grande fazendeiro
paulista fazia parte de uma dinâmica econômica muito mais próxima daquilo que
chamaríamos de Capitalismo. Mais acostumado com as finanças, com os créditos,
possuía seus próprios esquemas de comercialização do café, não vivia nas
fazendas, mas tinha sua residência nas vistosas mansões dos Campos Elísios ou
de Higienópolis, na cidade de São Paulo.” (Ricardo Maranhão e Antonio Mendes
Jr. Brasil Histórico)
A partir dos seus
conhecimentos e da leitura do texto, deduz-se que o cultivo do café não
possibilitou;
a)
um predomínio econômico dos
plantadores paulistas sobre os plantadores fluminenses;
b)
um crescimento urbano populacional
significativo;
c)
um atrelamento dos fazendeiros
paulistas aos setores mais dinâmicos da produção;
d)
uma instrumentalização do comércio
praticada pelas camadas médias da sociedade;
e)
um ganho nos “foros de nobreza”,
mesmo que não pelo nascimento, pelos fazendeiros paulistas.
5. (Unirio) O envolvimento do Brasil em
sucessivos conflitos na região platina, na segunda metade do século XIX, pode
ser explicado pelo(a):
a)
tradicional rivalidade entre Brasil
e Argentina com vistas ao controle do Estuário do Prata, culminando com a
derrubada de Rosas naquele país;
b)
neutralidade do Império em relação à
política uruguaia, obrigação assumida quando da independência da Cisplatina;
c)
independência do Paraguai, apoiada
pela Argentina, e suas pretensões expansionistas sobre o território brasileiro;
d)
apoio inglês à restauração do
Vice-Reino do Prata, criando uma unidade de domínio na região;
e)
conflito do Império Brasileiro com
os países platinos em torno da competição no comércio de produtos pecuários.
6. (UFV-MG) Em 1997 o Brasil comemorou 150
anos de nascimento de Castro Alves, um poeta baiano, cujos versos simbolizam a
luta pela liberdade e contra a escravidão. Com relação à escravidão e à estrutura
social no Brasil, é incorreto afirmar que:
a)
houve um processo gradual de
abolição da escravidão a partir de 1850 com o fim do tráfico negreiro;
b)
a mão-de-obra escrava representava a
base de sustentação da economia colonial e também do Império;
c)
havia um grande contingente de
homens livres e pobres vivendo sob a dependência dos grandes senhores de terra;
d)
a abolição da escravidão foi
precedida de medidas restringindo o acesso à terra e ao direito de voto;
e)
a abolição da escravidão em maio de
1888 foi precedida de uma ampla discussão na sociedade, bem corno da adoção de
medidas no sentido de incorporar os futuros libertos à estrutura econômica,
social e política nacional.
7. (Enem) Você está estudando abolicionismo
no Brasil e ficou perplexo ao ler o seguinte documento:
Texto 1
Discurso do
deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira – Brasil, 1879
No dia 5 de março
de 1879, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, discursando na Câmara, afirmou
que era preciso que o poder público olhasse para a condição de um milhão de
brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado
por um deputado que disse: "BRASILEIROS, NÃO”.
Em seguida, você
tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos seguintes termos:
Texto 2
Projeto Axé,
Lição de cidadania – 1998 – Brasil
Na língua
africana iorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Axé
conseguiu fazer, em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram
capazes: a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos
e meninas de rua a construírem projetos de vida, transformando-os de pivetes em
cidadãos. A receita do Axé é simples: competência pedagógica, administração
eficiente, respeito pelo menino, incentivo, formação e bons salários para os
educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio
La Rocca, o Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e adolescentes. A
cultura afro, de forte presença na Bahia, dá o tom do Projeto Erê (entidade criança
do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do
Olodum, do llê Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro.
Todas as atividades são remuneradas; além da bolsa semanal, as crianças têm
alimentação, uniforme e vale-transporte.
Com a leitura dos
dois textos, você descobriu que a cidadania:
a)
jamais foi negada aos cativos e aos
seus descendentes;
b)
foi obtida pelos ex-escravos tão
logo a abolição foi decretada;
c)
não era incompatível com a
escravidão;
d)
ainda hoje continua incompleta para
milhões de brasileiros;
e)
consiste no direito de eleger
deputados.
1. (UFRJ) “A missão do governo, e principalmente
do governo que representa o princípio conservador, não é guerrear e exterminar
famílias, antipatizar com nomes, destruir influências que se fundam na grande
propriedade, na riqueza, nas importâncias sociais; a missão de um governo
conservador deve ser aproveitar essas influências no interesse público,
identificá-las com a monarquia e com as instituições, dando-lhes prova de
confiança para que possa dominá-las e neutralizar suas exagerações. Se representais
o princípio conservador, como quereis destruir a influência que se funda na
grande propriedade?” (Nabuco de Araújo, 1853; citado por Joaquim Nabuco, Um
Estadista do Império, 4ª ed., 1975, p. 145)
No documento
anterior, Nabuco de Araújo, um dos nomes mais expressivos da elite política
imperial, revela uma preocupação com as dissidências que haviam proporcionado
grande desgaste para o regime monárquico e conclama seus correligionários a
lutar pela manutenção das estruturas.
a) Cite dois
elementos da estrutura econômica do Brasil Império complementares à grande
propriedade.
b) Explique em
que consistiu a política de conciliação adotada pelo governo monárquico no Segundo
Reinado.
Dica: aproveite,
consulte uma biografia de Nabuco Araújo.
2. (Fuvest) É
possível defender a tese de que o café é um produto que ao mesmo tempo
facilitou e dificultou o início da industrialização no Brasil. Argumente sobre
esta tese.
3. (Fuvest) “...
esta estrada de ferro, que se abre hoje ao trânsito público, é apenas o
primeiro passo de um pensamento grandioso. Esta estrada, Senhor (D. Pedro II),
não deve parar e, se puder contar com a proteção de Vossa Majestade,
seguramente não parará senão quando tiver assentado a mais espaçosa de suas
estações às margens do rio das Velhas.” (Barão de Mauá, na inauguração da
estrada de ferro Rio-Petrópolis, em 1854).
Com base no
texto, comente o processo de modernização no Brasil e explicite a posição de
Mau[a nesse processo.
Dica: não deixe
de ler uma biografia do Barão de Mauá.
4. (Fuvest)
Analise duas conseqüências da Guerra do Paraguai para a vida interna do Brasil.
5. (Unicamp) Uma
jogadora de vôlei do Brasil nas Olimpíadas de Sidney fez esta declaração à
imprensa: “Agora vamos pegar as cubanas, aquelas negas, e vamos ganhar delas”
(O Estado de São Paulo, 27/9/2000). Ainda segundo o jornal: “A coordenadora do
Programa dos Direitos Humanos do Instituto da Mulher Negra classifica as
palavras da atacante como preconceituosas e alerta as autoridades para
erradicarem esse tipo de comportamento, combatendo o racismo.”
a) Compare os
processos de colonização ocorridas em Cuba e no Brasil, apontando suas
semelhanças.
b) Qual a
atividade econômica predominante em Cuba e no Nordeste brasileiro durante a
colonização e suas relações com o comércio internacional?
c) Qual a
condição social dos negros no Brasil depois do fim da escravidão?
Dica óbvia: você
deverá consultar material sobre a história de Cuba... De qualquer maneira duas
palavrinhas para a questão “b”: açúcar e escravos...