Em algumas partes do país forças portuguesas tentaram resistir à
Independência e só foram vencidas após duras lutas. Os maiores focos de
resistência do poder português estavam instalados na Bahia e no Pará. Contra
eles desencadeou-se um combate de forças populares locais, que, mais tarde,
foram ajudadas por tropas e navios vindos do Rio de janeiro.
Os baianos, liderados por figuras como
guerrilheira Maria Quitéria, mantiveram encurraladas as tropas do general
Madeira Melo, definitivamente vencidas com a chegada de forças auxiliares
comandadas pelo francês Labatut. A guerra de Independência na Bahia começou em
fevereiro de 1822, atingiu o auge em novembro daquele ano com a Batalha de
Pirajá e terminou no dia 2 de julho de 1823. Com a derrota dos portugueses,
estabeleceu-se na província um governo fiel ao imperador, sem qualquer
participação das classes populares.
No Pará, ocorreu um processo
semelhante, que terminou em tragédia. As classes populares derrotaram o domínio
português com a ajuda de forças navais, mandadas pelo Rio de Janeiro e
comandadas pelo inglês Grenfell. Implanto o novo governo provincial, fiel a dom
Pedro, mas extremamente impopular, os paraenses novamente se rebelaram, sendo
duramente reprimidos. Grenfell encarcerou trezentos patriotas no porão de um
navio e mandou atirar sobre eles, através das escotilhas, grande quantidade de
cal virgem. Quase todos morreram.
Edgar
Luiz de Barros. Independência. 2ª Ed.
São Paulo, Ática, 1987.
Questões
sobre o texto:
1] O que
fizeram as forças portuguesas de algumas partes do país diante do movimento
pela Independência do Brasil?
2] Quem
lutou contras essas forças portuguesas?
3] O que
aconteceu a muitos patriotas paraenses que haviam lutado contra os portugueses,
depois de instalado um governo fiel a dom Pedro?
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