sexta-feira, 1 de maio de 2020

Texto complementar: A guerra da Independência


             Em algumas partes do país forças portuguesas tentaram resistir à Independência e só foram vencidas após duras lutas. Os maiores focos de resistência do poder português estavam instalados na Bahia e no Pará. Contra eles desencadeou-se um combate de forças populares locais, que, mais tarde, foram ajudadas por tropas e navios vindos do Rio de janeiro.
         Os baianos, liderados por figuras como guerrilheira Maria Quitéria, mantiveram encurraladas as tropas do general Madeira Melo, definitivamente vencidas com a chegada de forças auxiliares comandadas pelo francês Labatut. A guerra de Independência na Bahia começou em fevereiro de 1822, atingiu o auge em novembro daquele ano com a Batalha de Pirajá e terminou no dia 2 de julho de 1823. Com a derrota dos portugueses, estabeleceu-se na província um governo fiel ao imperador, sem qualquer participação das classes populares.
         No Pará, ocorreu um processo semelhante, que terminou em tragédia. As classes populares derrotaram o domínio português com a ajuda de forças navais, mandadas pelo Rio de Janeiro e comandadas pelo inglês Grenfell. Implanto o novo governo provincial, fiel a dom Pedro, mas extremamente impopular, os paraenses novamente se rebelaram, sendo duramente reprimidos. Grenfell encarcerou trezentos patriotas no porão de um navio e mandou atirar sobre eles, através das escotilhas, grande quantidade de cal virgem. Quase todos morreram.
                                               Edgar Luiz de Barros. Independência. 2ª Ed. São Paulo, Ática, 1987.

Questões sobre o texto:
1] O que fizeram as forças portuguesas de algumas partes do país diante do movimento pela Independência do Brasil?
2] Quem lutou contras essas forças portuguesas?
3] O que aconteceu a muitos patriotas paraenses que haviam lutado contra os portugueses, depois de instalado um governo fiel a dom Pedro?

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